segunda-feira, 17 de novembro de 2008

História da Cidade de Blumenau

História de Blumenau












A região de Blumenau era habitada por índios Kaigangs, Xoklengs e Botocudos, e mesmo antes da fundação da Colônia Blumenau, já havia famílias estabelecidas na região de Belchior, à margem do ribeirão Garcia e margem esquerda do Rio Itajaí-açu.Em 1850, o filósofo alemão Dr. Hermann Bruno Otto Blumenau obteve do governo Provincial uma área de terras de duas léguas, para estabelecer uma colônia agrícola, com imigrantes europeus.Em 02 de setembro de 1850, (data ficou marcada como a fundação da cidade) dezessete colonos chegaram ao local onde hoje se ergue a cidade de Blumenau. Muitos outros imigrantes atravessavam o Oceano Atlântico em veleiros de companhias particulares. E assim foi crescendo o número de agricultores, povoadores e cultivadores dos lotes, medidos e demarcados ao longo dos rios e ribeirões que banhavam o território da concessão.No princípio, a Colônia era de propriedade do fundador, Dr. Blumenau. Em 1860 o Governo Imperial encampou o empreendimento e Dr. Blumenau foi mantido na direção até a elevação da colônia à categoria de Município, em 1880.


Em poucos anos, Dr. Blumenau, dotado de grande energia e tenacidade, fez da colônia um dos maiores empreendimentos colonizadores da América do Sul, criando um importante centro agrícola e industrial influente na economia do país.Herança da história de sua colonização, a microrregião de Blumenau possui costumes e tradições únicos. Colonizada no início por alemães, seguidos de italianos e poloneses, também recebeu habitantes do Vale do Rio Tijucas, descendentes de portugueses. Mesmo assim, as cidades da microrregião incorporaram principalmente a cultura alemã e italiana.A Lei nº 860, de 04 de fevereiro de 1880, elevou a colônia à categoria de Município. Entretanto, em outubro, uma grande enchente causou sérios prejuízos à população e à administração pública, com a destruição de pontes e estradas. Com isso, a instalação do Município só foi possível em 10 de janeiro de 1883, quando assumiu o exercício a Câmara Municipal eleita no ano anterior. Depois disso o município recebeu o título de Comarca (1886) e finalmente, em 1928, passou à categoria de Cidade.Até 1934 o território de Blumenau somava 10.610 km². Hoje em dia se resume a 519,8 km². Trinta e oito novos Municípios resultaram de sucessivos desmembramentos. Estes, em conjunto com Blumenau, compõe esta próspera região do estado de Santa Catarina.
Fonte:http://www.blumenau.sc.gov.br/novo/site/conteudo/index.php?IDSECAO=1670&IDPAI=150

domingo, 2 de novembro de 2008

HISTÓRIA DE SANTA CATARINA


Santa Catarina é uma das 27 unidades federativas do Brasil, localizada no centro da Região Sul do país. É o vigésimo maior estado da nação, o décimo primeiro mais populoso, além de ser o nono mais povoado.
O Catolicismo romano é a religião predominante. O idioma oficial, assim como nas demais unidades federativas, é a língua portuguesa.
As dimensões territoriais abrangem uma área de 95.346 km², sendo pouco maior do que a Hungria, limitadas aos estados do Paraná (ao norte) e Rio Grande do Sul (ao sul), Oceano Atlântico (a leste) e a Argentina (a oeste). A costa oceânica tem cerca de 450 km, ou seja, aproximadamente metade da costa continental de Portugal (943 km). Sua capital e sede de governo é a cidade de Florianópolis, localizada na Ilha de Santa Catarina. Inteiramente ao sul do Trópico de Capricórnio, localizado na zona temperada meridional do planeta, o estado possui clima subtropical. Estas condições variam de acordo com o relevo regional, sendo que no oeste e planalto serrano é relativamente comum a ocorrência de geadas e neve, enquanto no litoral o clima é mais quente podendo atingir altas temperaturas durante a temporada de verão.
Em termos históricos, sua colonização foi largamente efetuada por imigrantes europeus: os portugueses açorianos colonizaram o litoral no século XVIII; os alemães colonizaram o Vale do Itajaí, parte da região sul e o norte catarinense em meados do século XIX e os italianos colonizaram o sul do estado no final do mesmo século. O oeste catarinense foi colonizado por gaúchos de origem italiana e alemã na primeira metade do século XX. Os índices sociais do estado situam-se entre os melhores do país. Santa Catarina é o sétimo estado mais rico da Federação, com uma economia diversificada e industrializada. Importante polo exportador e consumidor, o estado é um dos responsáveis pela expansão econômica nacional respondendo por 4% do produto interno bruto do país.


História




Região costeira do território que constitui hoje o estado de Santa Catarina foi, desde a época do descobrimento, visitada por navegantes de várias nacionalidades. Afora a discutida versão da presença do francês Binot Paulmier de Gonneville, que ali teria estado durante seis meses, em 1504, não existe dúvida quanto à viagem dos portugueses Nuno Manuel e Cristóvão de Haro, que por lá passaram, em 1514, e deram o nome de ilha dos Patos à atual ilha de Santa Catarina. No ano seguinte, Juan Díaz de Solís passou em direção ao Prata. Onze náufragos dessa expedição foram bem recebidos pelos índios carijós e a eles se integraram. Esses aborígines viviam de caça e pesca, eram exímios tecelões de redes, esteiras e cestos, e trabalhavam objetos em pedra.
Várias expedições espanholas detiveram-se no litoral catarinense a caminho do rio da Prata: Don Rodrigo de Acuña, em 1525, deixou dezessete tripulantes na ilha, onde se fixaram voluntariamente. Sebastião Caboto, entre 1526 e 1527, ali se abasteceu, seguiu para o Prata e retornou. Após Caboto, nela aportaram Diego García e, em 1535, Gonzalo de Mendoza. Em 1541, Álvar Núñez Cabeza de Vaca partiu da ilha de Santa Catarina para transpor a serra do Mar e atingir por terra o Paraguai mantendo sempre o propósito de tomar posse do Brasil meridional, o governo espanhol nomeou Juan Sanabria governador do Paraguai, com a missão de colonizar o rio da Prata e povoar também o porto de São Francisco do Sul, em Santa Catarina. Com a morte de Juan Sanabria, tomou posse seu filho Diogo. Alguns navios da expedição lograram chegar à ilha de Santa Catarina, onde os espanhóis permaneceram dois anos. Dividiram-se em dois grupos: um deles rumou para Assunção; o outro, chefiado pelo piloto-mor Hernando Trejo de Sanabria, estabeleceu-se em São Francisco, de onde, após as maiores privações e sempre sob a ameaça de ataque pelos silvícolas, seguiu para Assunção.
Os aborígines da região foram catequizados, a partir de 1549, por jesuítas que viajaram em companhia do governador-geral Tomé de Sousa, sob a chefia do padre Manuel da Nóbrega. Os jesuítas empenharam-se com ardor nessa missão, colocando-se como obstáculo às tentativas dos colonizadores portugueses de escravizarem os índios. Não conseguiram, contudo, levar a bom termo sua tarefa e, já em meados do século XVII, desistiram da catequese no sul. O paulista Francisco Dias Velho, que chegou à ilha atualmente chamada de Santa Catarina por volta de 1675, teria dado esse nome ao lugar, onde edificou uma ermida em invocação a Santa Catarina de Alexandria, de quem ao que consta, uma filha dele tinha o nome. Outros atribuem a autoria a Sebastião Caboto, que teria consagrado a ilha, quando por lá passou entre 1526 e 1527, a santa Catarina ou, antes, prestara uma homenagem à sua mulher, Catarina Medrano. O nome do estado é um empréstimo ao da ilha.



Capitania colonial



Com a divisão do Brasil em capitanias hereditárias, a costa catarinense até a altura de Laguna, e mais tarde dois terços da do Paraná, formaram a capitania de Santana, o último quinhão do sul, doado a Pero Lopes de Sousa. Nem o donatário nem seus herdeiros providenciaram a colonização. O território, após um litígio de dois séculos entre os herdeiros de Pero Lopes e os de seu irmão Martim Afonso de Sousa, foi, no começo do século XVIII, comprado pela coroa, juntamente com as terras do Paraná e grande parte de São Paulo. Ao mesmo tempo, a Espanha considerava indiscutível seu direito a esses territórios e recomendava aos adelantados a conquista e povoamento não só da ilha como do litoral. Na década de 1640, Manuel Lourenço de Andrade, um português que vivia em São Vicente, fundou uma povoação no rio de São Francisco, para onde se mudou com a família. Mais tarde foi designado capitão-mor dessa povoação, que em 1660 foi elevada a vila com o nome de Nossa Senhora da Graça do Rio de São Francisco, constituindo a primeira fundação estável da costa catarinense. Pouco depois estabeleceu-se na ilha de Santa Catarina o paulista Francisco Dias Velho, que ergueu uma igreja em louvor de Nossa Senhora do Desterro. A ele se atribui a mudança do nome da Ilha dos Patos para Ilha de Santa Catarina, de quem, ao que consta, uma filha dele tinha o nome. É por isso que o estado de Santa Catarina tem esse nome, já que é um empréstimo ao da ilha.
Laguna foi outro ponto do li²€l povoado na mesma época. Domingos de Brito Peixoto, também paulista, organizou uma bandeira para tomar conta de terras desabitadas ao sul e, em 1676, fundou Santo Antônio dos Anjos da Laguna. A povoação teve vida incerta e o bandeirante despendeu nela toda sua fortuna, com o objetivo de dar-lhe estabilidade. Buscou recursos no aprisionamento do gado nativo e na caça ao gentio e, só em 1696, deu início à construção da matriz local. No início do século XVIII, Laguna, pequena e pouco habitada, vivendo de uma agricultura rudimentar e da exportação de peixe seco para Santos e o Rio de Janeiro, era o mais importante núcleo da costa catarinense. O interior não era explorado nem povoado, essa seria mais tarde a missão de Don Luís António de Sousa Botelho Mourão, governador da capitania de São Paulo, interessado em garantir o domínio português sobre a região e o escoamento do gado do Rio Grande do Sul para São Paulo. Com tal finalidade, encarregou um abastado paulista, Antônio Correia Pinto, de estabelecer povoação na paragem denominada Lajes.




Província imperial






Em 1820, Lages passou à jurisdição do governo da ilha, dando a Santa Catarina uma configuração aproximada da atual e retirando da alçada de São Paulo toda a região chamada da serra, ou seja, o planalto. Devido à precariedade das comunicações, a notícia da independência do Brasil só chegou a Desterro nos primeiros dias de outubro de 1822. O juiz de fora e presidente da Câmara, Francisco José Nunes, no dia 11, fez a aclamação do imperador. Durante o império, a província sofreu, como outras, os prejuízos da descontinuidade administrativa. Teve no período mais de setenta presidentes, entre titulares e substitutos. Sob o governo do brigadeiro Francisco de Albuquerque Melo, em 1829, iniciou-se a colonização de Santa Catarina com imigrantes alemães. Em 1831, após a abdicação de Dom Pedro I, o presidente da província, Miguel de Sousa Melo e Alvim, português de nascimento, foi forçado a renunciar em conseqüência de um levante da tropa. Nesse mesmo ano, em 28 de julho, foi lançado o primeiro jornal publicado na província, com o título de "O Catharinense", dirigido pelo capitão Jerônimo Francisco Coelho.
O movimento farroupilha teve considerável repercussão em Santa Catarina, sobretudo na região mais próxima ao Rio Grande do Sul. De 22 de julho a 15 de novembro de 1839, Laguna foi ocupada pelos revolucionários, que ali proclamaram a República Juliana, aliada à de Piratini. Nessa ocasião, Ana de Jesus Ribeiro, mais conhecida como Anita Garibaldi, uniu sua vida à de Giuseppe Garibaldi. No planalto, Lages aderiu à revolução, mas submeteu-se no começo de 1840. Em 1845, a província, já inteiramente pacificada, recebeu a visita de Dom Pedro II e da imperatriz Teresa Cristina. De 1850 a 1859, Santa Catarina foi governada por João José Coutinho, que demonstrou grande zelo administrativo e particular interesse pela instrução e a cultura, esforçando-se também no incentivo à atividade das colônias de imigrantes. Em 1849 foi fundada Joinville; no ano seguinte, Blumenau; e, em 1860, Brusque.



Unidade federal



A partir de 1870 as idéias republicanas ganharam impulso em Santa Catarina. Criaram-se clubes e jornais de propaganda, mas os republicanos não chegaram a conseguir representação na assembléia. Entretanto, a cidade de São Bento elegeu em 1889 a primeira câmara de vereadores no país formada somente de elementos republicanos. A república tomou a província de surpresa, pois em geral se esperava apenas a queda do ministério. Confirmada a proclamação do novo regime, em 17 de novembro, comemorou-se o acontecimento e um triunvirato assumiu o governo. O primeiro governador do estado de Santa Catarina, nomeado por Deodoro da Fonseca, foi o tenente Lauro Severiano Müller. Mais tarde confirmado pela constituinte de 1891, foi logo deposto com a saída de Deodoro. Uma vez deflagrada, a revolução federalista do Rio Grande do Sul teve pronto reflexo em Santa Catarina.
Seguiu-se uma época de instabilidade política, com sérios entrechoques provocados por motivos locais ou mesmo municipais, e agravados pelos acontecimentos no resto do país. Após a revolta da armada, Santa Catarina foi palco de numerosos episódios da revolução federalista, sendo Desterro proclamada capital provisória da república. Em 17 de abril de 1894, a esquadra ali aportava e ocupava a cidade. Pouco depois, o coronel Antônio Moreira César assumia o governo do estado para exercê-lo com mão de ferro. Entre as incontáveis vítimas desse período de violenta repressão, destaca-se o chefe do governo revolucionário, almirante Frederico Guilherme de Lorena, fuzilado por ordem de Moreira César. Serenados os ânimos, elegeu-se governador Hercílio Luz. Nessa ocasião, a capital do estado passou a chamar-se Florianópolis. O domínio político, então, não era mais exercido exclusivamente pelas famílias tradicionais do litoral, mas dividido com figuras influentes do planalto e descendentes de imigrantes. Durante este período ocorreu um dos conflitos mas importantes, devido às suas proporções, do país, a chamada Guerra do Contestado.






Política


Santa Catarina é governada como uma república, e possui três ramos (poderes) governamentais: o ramo executivo, constituído do governador do estado de Santa Catarina; o braço legislativo, constituído pela Assembléia Legislativa de Santa Catarina, e o ramo judiciário, constituído do Tribunal de Justiça do Estado Santa Catarina e outros tribunais e juízes. O estado também permite direta participação do eleitorado (através de referendos, plebiscitos e iniciativa popular) em decisões governamentais. A primeira Constituição de Santa Catarina foi adotada em 1891. A atual Constituição da Santa Catarina, por sua vez, foi adotada em 1989. Emendas à constituição geralmente são propostas pela casa do Poder Legislativo. Neste caso, esta emenda precisa ser aprovada por dois terços dos membros do mesmo. Emendas também podem ser propostas por abaixo-assinados, diretamente pela população. Neste caso, o abaixo-assinado precisa conter ao menos 2,5% dos votos dos eleitores que haviam elegido o governador na última eleição estadual dentro de critérios propostos na própria constituição.
O Poder Executivo de Santa Catarina está centralizado no governador, que é eleito em sufrágio universal e voto direto e secreto, pela população para mandatos de até quatro anos de duração, e podem ser reeleitos para mais um mandato. Sua sedes são o Centro Administrativo (sede do governo) e a Casa D’Agronômica (residência oficial do governador). O Poder Legislativo de Santa Catarina é unicameral constituído pela Assembléia Legislativa de Santa Catarina, localizado no Palácio Barriga-Verde. Ela possui um total de 40 membros eleitos diretamente pelo sistema proporcional conforme o desempenho de cada partido nas eleições para um mandato de 4 anos. Para os membros da Assembléia, não há limite de reeleições. A maior corte do Poder Judiciário do estado é o Tribunal de Justiça do Estado Santa Catarina, composta por 50 juízes diferentes denominados desembargadores. Os desembargadores do Tribunal de Justiça são indicados pelo governador do estado e aprovados pelo Legislativo para mandatos vitalícios. Sua atual sede é denominada Palácio da Justiça Ministro Luiz Gallotti.
Atualmente, á Assembléia Legislativa possui 27 deputados governistas e treze deputados oposicionistas. O atual governador do estado é Luiz Henrique da Silveira, do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) cujo mandato atual irá perdurar até janeiro de 2011. Luiz Henrique é o primeiro governador na história do estado a ser reeleito para um segundo mandato consecutivo de quatro anos. Sucedeu o então governador Esperidião Amin, do atual Partido Progressista a quem derrotou em segundo turno nas eleições de 2002 e 2006. Já o poder judiciário é presidido pelo desembargador Pedro Manoel Abreu. O estado de Santa Catarina é representado por dezesseis deputados federais que representam a população. Assim como os demais estados, Santa Catarina possui 3 senadores que representam o estado no Senado Federal.





Histórico

Desde 1823 a capital de Santa Catarina é a cidade de Florianópolis. Originalmente, a cidade tinha o nome de Nossa Senhora do Desterro, em referência a sua padroeira. A mudança de nome seguiu-se ao fim da Revolução Federalista, em 1894, e ainda é considerada controvertida por parte dos habitantes da cidade. O nome Florianópolis refere-se a Floriano Peixoto, ex-presidente da República. Deste nome deriva o apelido Floripa, pelo qual a cidade é amplamente conhecida. Apenas iniciado, no Rio Grande do Sul, o movimento revolucionário de 1930, Santa Catarina foi o primeiro estado a ser invadido pelas forças que conduziram Getúlio Vargas ao poder. Muito embora fossem sendo vencidas as forças legais, Florianópolis resistiu ao avanço gaúcho, até que a revolução viesse a triunfar em todo o território nacional. De 1930 a 1945, o estado foi governado por interventores federais. Ao longo desses quinze anos, houve um breve período, de 1935 a 1937, em que o poder executivo estadual esteve entregue ao governador eleito, Nereu Ramos, mantido como interventor pelo Estado Novo, em 1937. Na década de 1940, uma grande área do estado, que vivia semimarginalizada e escassamente povoada, o meio e o extremo oeste, passou a ter importância cada vez maior. Essas glebas foram sendo ocupadas por gente vinda do Rio Grande do Sul, colonos estrangeiros e seus descendentes, que nelas vislumbraram um novo eldorado. Em 1966, tomou posse o governador Ivo Silveira, eleito por voto direto. Depois, dois governadores foram escolhidos pela Assembléia Legislativa do estado, Colombo Sales e Antônio Carlos Konder Reis; e um por um colégio eleitoral, Jorge Bornhausen.



Subdivisões



Santa Catarina está separada em subdivisões geográficas denominadas mesorregiões e microrregiões, e em subdivisões administrativas denominadas municípios. As mesorregiões compreendem as grandes regiões do estado, unidas por laços geográficos, demográficos e culturais. Atualmente existem seis mesorregiões em Santa Catarina, sendo elas a Grande Florianópolis, Norte Catarinense, Oeste Catarinense, Serrana, Sul Catarinense, Vale do Itajaí. As microrregiões são formadas pelo conjunto de cidades que se engloba a uma cidade pólo. As cidades pólo estão destribuídas por todo o estado de forma descentralizada, e cada uma possui uma Secretária de Desenvolvimento Regional. Há atualmente vinte microrregiões, são elas a de Araranguá, Blumenau, Campos de Lages, Canoinhas, Chapecó, Concórdia, Criciúma, Curitibanos, Florianópolis, Itajaí, Ituporanga, Joaçaba, Joinville, Rio do Sul, São Bento do Sul, São Miguel do Oeste, Tabuleiro, Tijucas, Tubarão, Xanxerê. Já os 293 municípios presentes no estado, são divisões administrativas que possuem relativa autonomia e concentram um poder político local. O sistema local também funciona com três poderes, sendo o executivo a Prefeitura, o legislativo a Câmara de Vereadores e o judiciário o Fórum Municipal. O maior deles é Joinville, também sendo o mais populoso e mais rico do estado, sua região metropolitana possui aproximadamente 1.1 milhão de habitantes. Alguns destes municípios formam uma conurbação chamada de região metropolitana, existindo seis delas em Santa Catarina. A Região Metropolitana Carbonífera, de Florianópolis, da Foz do Rio Itajaí, do Norte/Nordeste Catarinense, do Vale do Rio Itajaí e de Tubarão




Geografia



Santa Catarina situa-se no sul do Brasil, bem no centro geográfico das regiões de maior desempenho econômico do país, Sul e Sudeste, e em uma posição estratégica na Unasul. O estado faz fronteira com a Argentina na região Oeste. Florianópolis, a capital, está a 1.539 km de Buenos Aires, 705 km de São Paulo, 1.144 do Rio de Janeiro e 1.673 de Brasília. Sua posição no mapa situa-se entre os paralelos 25º57'41" e 29º23'55" de latitude Sul e entre os meridianos 48º19'37" e 53º50'00" de longitude Oeste. Ao longo do litoral, aparecem planícies, terrenos baixos, enseadas e ilhas. Essa porção do relevo recebe o nome de planaltos e serras de LesteSudeste. No centro-leste de Santa Catarina, surge a depressão periférica. No oeste, sudeste e centro do estado, onde as serras são mais comuns, o compartimento de relevo são os Planaltos e Chapadas da Bacia do Paraná.
Os rios que correm pelo território catarinense pertencem a dois sistemas independentes, que têm como divisores de águas a serra Geral e a serra do Mar. O sistema da vertente do Atlântico é formado por bacias isoladas entre si, como as dos rios Itajaí-Açu, Tubarão, Araranguá, Tijucas e Itapocu. No interior do estado, duas bacias se unem para formar a bacia do Prata: a do rio Paraná, que tem como principal afluente o rio Iguaçu, e a do rio Uruguai, cujos afluentes mais importantes são o rio Pelotas, o Canoas, o Chapecó e o do Peixe. O Itajaí é o principal rio dessa parte de Santa Catarina. No centro e no oeste, localizam-se afluentes do rio Uruguai, como o Pelotas, o Canoas, o do Peixe e o Chapecó. Esses cursos d’água pertencem à Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai. Originalmente, o estado era recoberto por florestas e campos. Nas serras litorâneas predominava a Mata Atlântica e, nos trechos mais elevados das regiões serranas, a Mata de Araucárias. Os campos aparecem em manchas esparsas por todo o estado.
A cobertura vegetal original do estado compreende dois tipos de formação: florestas e campos. As florestas, que ocupavam 65% do território catarinense, foram bastante reduzidas por efeito de devastação. Contudo, o plantio de árvores tem crescido, graças aos incentivos governamentais e ao desenvolvimento da indústria madeireira. No planalto, apresentam-se sob a forma de florestas mistas de coníferas (araucárias) e latifoliadas e, na baixada e encostas da serra do Mar, apenas como floresta latifoliada. Os campos ocorrem como manchas dispersas no interior da floresta mista. Os mais importantes são os de São Joaquim, Lages, Curitibanos e Campos Novos. O fuso horário é mesmo de Brasília: três horas a menos em relação a Greenwich, UTC-3. Uma vez por ano, em geral entre outubro e fevereiro, adota-se o horário de verão, no qual os relógios são adiantados uma hora para poupar energia. A tensão elétrica no estado é de 220 volts.







Clima


Neve no Planalto Serrano.








O clima de Santa Catarina é subtropical úmido. As temperaturas médias variam bastante de acordo com o local: são mais baixas nas regiões serranas e mais elevadas no litoral, no sudeste e no oeste catarinense. As chuvas são bem-distribuídas durante o ano, atingindo, em média, 1.500 mm anuais. Ao contrário do que é observado na maior parte do território brasileiro, em Santa Catarina as quatro estações são bem definidas. O clima do estado é úmido mesotérmico, apresentando duas variações, Cfa e Cfb. A variação Cfa é encontrada em praticamente todo o estado nas áreas abaixo de 800 metros de altitude. Já o Cfb encontra-se nas áreas altas acima de 800 metros. As chuvas costumam ser bem distribuídas ao longo do ano com uma pequena diminuição nos meses do inverno. Entretanto, o clima não é igual em todo o estado. Existem diferenças significativas entre as regiões. Nas zonas mais elevadas do planalto norte, o verão é fresco e o inverno frio. No litoral (devido a baixa altitude) e no Oeste (devido a continentalidade), o verão é mais quente e prolongado. No litoral, principalmente em Florianópolis, é comum ocorrer o vento sul, que traz para a atmosfera a umidade oceânica, tornando o inverno úmido. No planalto sul, devido às altitudes que variam de cerca de 800 a até 1828 metros, o frio é mais forte e dura mais tempo. Ali, é freqüente a ocorrência de geadas e neve, com temperaturas que podem atingir menos -15°C. Bom Jardim da Serra, São Joaquim, Urubici e Urupema são os municípios mais frios do estado e estão entre os mais frios do Brasil. A menor temperatura já registrada no país foi de -17,8°C. no Morro da Igreja, em 29 de junho de 1996.
Temperaturas mínimas e máximas das principais cidades de Santa Catarina




Planícies litorâneas do estado.







Com 77% de seu território acima de 300m de altitude e 52% acima de 600m, Santa Catarina figura entre os estados brasileiros de mais forte relevo. Quatro unidades, que se sucedem de leste para oeste, compõem o quadro morfológico: a baixada litorânea, a serra do Mar, o planalto paleozóico e o planalto basáltico. A baixada litorânea compreende as terras situadas abaixo de 200m de altitude. Ao norte, alarga-se bastante, penetrando no interior ao longo dos vales dos rios que descem da serra do Mar. Para o sul, estreita-se progressivamente. A serra do Mar domina a baixada litorânea a oeste. Salvo no norte do estado, onde forma o rebordo escarpado de um planalto mais ou menos regular, a serra tem caráter muito diverso do que apresenta em outros estados, como Paraná e São Paulo. Em Santa Catarina, forma uma faixa montanhosa, de aproximadamente mil metros de altitude, constituída por um conjunto de maciços isolados pelos vales profundos dos rios que drenam para o oceano Atlântico.
Por trás da serra do Mar estende-se principalmente o planalto paleozóico, cuja superfície plana encontra-se fragmentada em compartimentos isolados pelos rios que correm para leste. O planalto paleozóico perde altura de norte para sul; na parte meridional do estado confunde-se com a planície litorânea, uma vez que a serra do Mar não chega até essa parte de Santa Catarina. O planalto basáltico ocupa a maior parte do estado. Formado por camadas de basalto (derrames de lavas), intercaladas com camadas de arenito, é limitado a leste por um rebordo escarpado a que se dá o nome de serra Geral. No norte do estado, o rebordo do planalto basáltico se encontra no interior; para o sul vai-se aproximando gradativamente do litoral até que, no limite com o Rio Grande do Sul, passa a cair diretamente sobre o mar. A superfície do planalto é regular e se inclina suavemente para oeste. Os rios que correm para o Paraná abriram nele profundos vales.




Demografia





O litoral possui uma alta densidade demográfica.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado de Santa Catarina possui uma população de 5.866.487 de habitantes e uma densidade populacional de 61,53 hab./km², de a²€o com a contagem populacional e estimativas realizadas em 2007. As cidades mais populosas de Santa Catarina são: Joinville, Florianópolis, Blumenau, São José,Chapecó, Criciúma, Lages, Itajaí, Jaraguá do Sul e Palhoça. De acordo com o censo de 2000, o estado de Santa Catarina contava com 5.356.360 habitantes. Desse total, 40.63% moram no campo, enquanto 59.37% residem nas áreas urbanas. Em relação 2€no de 1991, quando a população era de 4.536.433 habitantes, esses números mostram uma taxa de crescimento anual de 1,6%, inferior a do Brasil como um todo (1,9% para o ano de 2000). Ainda segundo o censo 2000, Santa Catarina é o décimo primeiro estado mais populoso da nação e concentra 3,15% da população brasileira. Do total da população estadual, 2.687.049 de habitantes são mulheres e 2.669.311 de habitantes são homens.
Em 2005, a densidade demográfica chegou a 61,53 hab./km². As maiores densidades estão localizadas na zona de mais intenso desenvolvimento industrial (Blumenau, Joinville e Brusque), onde colonos instalaram grandes empresas, e no sul catarinense, área de exploração de carvão. Nessas regiões a densidade atingiu de 62,6 a 77,8 hab./km². No oeste do estado, onde se registram as mais elevadas taxas de crescimento populacional, a densidade varia de 25 a 70 hab./km². Nas zonas de criação de bovinos, os campos de criação do planalto, a densidade demográfica baixa para menos de 20 hab./km². Em Lages a densidade demográfica chega a 63,7 hab./km² e São Joaquim a 12,3 hab./km². Santa Catarina é, juntamente com o Espírito Santo, os estados onde a cidade mais populosa não é a sua capital.



Idiomas



A imigração deixou legados como a influência lingüística. Os idiomas de Santa Catarina podem ser divididos em dois grupos distintos, as línguas autóctones e as línguas alóctones. Alguns destes são idiomas minoritários. Idiomas autóctone ou idiomas nativos: Kaingang, Mbyá-guaraní, Xokleng. Idiomas de alóctones ou idiomas de imigrantes:
Português
Talian e outros dialetos italianos
Hochdeutsch ou Deutsch (alemão padrão)
Plattdietch ou plattdüütsch, idioma germânico (falado em partes dos Países Baixos, sul da Dinamarca, norte da Alemanha e noroeste da Polônia, com a sua existência lingüística reconhecida oficialmente pela União Européia) ao qual pertence o dialeto pomerano falado em várias regiões do sul do Brasil, próximo à cidade de Blumenau - Pomerode;
Katarinensisch dialeto regional de origem alemã.
Castelhano e/ou o "portunhol" muito falado nas regiões da fronteira com a Argentina;
Outras línguas: em menor escala ainda existem vários outros núcleos de idiomas e dialetos (i.e. polaco, lituano, japonês (próximo a Curitibanos), árabe, iídiche, etc.) .




Etnias


A população do estado de Santa Catarina é formada por mais de cinqüenta etnias, sendo as predominantes descendentes de portugueses, alemães, italianos e, em menor medida, eslavos (poloneses, sobretudo), índios e africanos..]De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, em 2006, a população do estado era composta por 88,1% de brancos, 9,0% de pardos, 2,7% de pretos e 0,2% de amarelos ou indígenas. Os portugueses, em sua maioria açorianos, começaram a chegar em Santa Catarina em 1750, para que colonizassem e protegessem o Sul do Brasil de eventuais ataques de espanhóis. Os castelhanos, vindos da Argentina, estavam invadindo terras lusitanas no Brasil meridional. Foram fundadas colônias açorianas em pontos estratégicos no litoral de Santa Catarina, que mais tarde se espalharam por outras zonas do Sul do Brasil.
A imigração alemã em Santa Catarina iniciou em 1829, quando 523 alemães oriundos de Bremen fundaram a colônia São Pedro de Alcântara. A vinda de alemães para o Brasil foi incentivada pelo Imperador Dom Pedro I, que pretendia povoar o Brasil meridional a fim de promover o crescimento econômico da região. Diversas outras colônias alemãs foram criadas no estado. As de maior êxito foram as colônias de Blumenau, em 1850, e de Joinville em 1851. Estas duas colônias foram as responsáveis pelo sucesso da colonização alemã no estado. Cerca de 40% da população catarinense é de origem alemã. A imigração italiana foi a corrente imigratória mais numerosa já recebida por Santa Catarina. Os italianos começaram a chegar ao estado em 1875, provenientes principalmente das regiões do Vêneto e da Lombardia. Assim como ocorreu com os alemães, foram criadas dezenas de colônias etnicamente italianas, sendo as mais prósperas na região do vale do rio Tubarão. As primeiras colônias italianas foram fundadas no litoral de Santa Catarina. No início do século XX, italianos vindos do Rio Grande do Sul passaram a migrar para o oeste de Santa Catarina, e ali as colônias italianas prosperaram. Aproximadamente 30% da população de Santa Catarina descende de italianos.









Entidades culturais




Têm sede em Santa Catarina diversas instituições culturais, entre elas o Instituto Geográfico e Histórico de Santa Catarina, a Academia Catarinense de Letras e o Círculo de Arte Moderna. As mais importantes bibliotecas são a Biblioteca Pública do Estado, a Biblioteca Pública Municipal do Estreito e as das várias escolas da Universidade Federal, em Florianópolis; a Biblioteca Pública Municipal Dr. Fritz Müller, em Blumenau; a Biblioteca Pública Municipal, em Joinville, e a Biblioteca da Fundação Camargo Branco, em Lages.








Museus




Os mais importantes museus de Santa Catarina são, em Florianópolis, o Museu Histórico (instalado na Casa de Santa Catarina, com armas, uniformes e objetos pertencentes à Companhia Barriga Verde), a casa de Vítor Meireles, o Museu Etnográfico, Etnológico e Botânico, o Museu de Arte Moderna, o Museu do Índio, o Museu do Instituto Geográfico e Histórico e o Museu do Homem do Sambaqui. Em Blumenau, funciona o Museu de História Natural Dr. Fritz Müller; em Brusque, o Museu Arquidiocesano D. Joaquim; em São Francisco do Sul o Museu Nacional do Mar (embarcações brasileiras e estrangeiras); em Joinville, o Museu Municipal (de imigração, colonização e arqueologia); e, em Lages, o Museu Histórico Pedagógico.







Monumentos




Ao colonizarem a atual Florianópolis, os açorianos construíram um sistema de fortalezas que hoje tem imenso valor histórico. Na ilha de Anhatomirim está uma dessas fortalezas, o forte de Santa Cruz, que, construído em 1744, foi recuperado pelo Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN). Das ruínas do forte de São José da Ponta Grossa (1740), na praia do Forte, tem-se uma das mais belas vistas da região.
Outros importantes monumentos são o Mercado Público e o prédio da Alfândega, construções do final do século XIX, e a ponte Hercílio Luz (1926), uma das maiores pontes pênseis do mundo, em Florianópolis; e o palácio dos Príncipes (1870), em Joinville. As ruínas e construções da ilha de São Francisco do Sul e da cidade de Laguna são tombadas pelo patrimônio histórico.




Festejos religiosos e folclore




Entre as festas religiosas catarinenses tradicionais destacam-se: a procissão do Senhor Jesus dos Passos, a festa de São Sebastião, a festa do Divino Espírito Santo (festa móvel, com três dias de duração) e a procissão de Santa Catarina (padroeira do estado).




Blumenau, onde ocorre a maior oktoberfest fora da Alemanha




Das festas folclóricas, as mais importantes são realizadas no mês de outubro em várias cidades: em Blumenau, a Oktoberfest, festa tradicional alemã, com distribuição de chope, músicas típicas e grupos folclóricos; em Joinville, a Fenachopp; em Rio do Sul, a Kegelfest, onde a atração, além da cerveja, é o bolão, jogo semelhante ao boliche e à bocha; em Treze Tílias, a Tirolerfest, que comemora o aniversário da imigração austríaca; em Jaraguá do Sul, a Schützenfest, mistura de competição de tiro com festival de comida e cerveja; em Brusque, a Fenarreco, a Festa Nacional do Marreco; em Pomerode, a Festa Pomerana; em Itapema, o Festival do Camarão; e, em Itajaí, a Marejada, festa com comida típica portuguesa.
Outras festas folclóricas importantes no estado são o terno de reis, em janeiro; o boi-de-mamão, em janeiro e fevereiro, uma espécie de pantomima em que predomina a figura de um boi de papelão ou madeira, seguida de pessoas fantasiadas, dançarinos e cantores; e a farra do boi, na semana santa. Dos pratos típicos catarinenses, os mais conhecidos são a bijajica (bolinho feito de polvilho, ovos e açúcar, frito em banha) e o Ente mit Rotkohl (marreco com repolho roxo), especialidade da região de Brusque. Entre maio e julho acontece em Lages a Festa Nacional do Pinhão, com pratos típicos à base de pinhão, sendo considerada a maior festa tradicionalista do Brasil.




Economia

Joinville, maior cidade do estado e um dos pólos industriais.




A economia se baseia na indústria (principalmente agroindústria, têxtil, cerâmica e metal-mecânica), no extrativismo (minérios) e na pecuária. O estado de Santa Catarina é o maior exportador de frango e de carne suína do Brasil, sendo a Sadia (Concórdia) e a Perdigão (Videira), as duas maiores empresas de alimentos do Brasil, catarinenses. Entre as indústrias, sedia um dos maiores fabricantes de motores elétricos do mundo, a Weg (Jaraguá do Sul), um dos maiores fabricantes de compressores para refrigeradores, a Embraco (Joinville), e também a maior fundição da América Latina, a Tupy (Joinville). Possuem grande expressividade as indústrias de eletrodomésticos (e metalmecânica em geral) no norte do estado, com marcas de projeção nacional como Consul e Brastemp (ambas de Joinville).
Santa Catarina é o sétimo estado mais rico do Brasil, e com o Paraná (quinto) e Rio Grande do Sul (quarto), controla 18,2% da economia do país. O estado também é um grande exportador.
Agricultura, pecuária e pesca
O principal produto agrícola de Santa Catarina é o milho, cultivado no planalto basáltico, que fornece ração para a criação de suínos. Seguem-se a soja, o fumo, a mandioca, o feijão, o arroz (cultivado com irrigação nas várzeas da baixada litorânea e do vale do Itajaí), a banana e a batata-inglesa. O estado é também importante produtor de alho, cebola, tomate, trigo, maçã, uva, aveia e cevada.
A criação de bovinos se faz principalmente em campo natural, de maneira extensiva, e nas áreas florestais, em menor escala, com os animais submetidos a semi-estabulação. Nessas áreas em que a agricultura é a atividade predominante, a criação se volta para os suínos, sobretudo no planalto basáltico, onde a produção de milho assegura ração adequada aos animais. A suinocultura experimentou grande progresso no estado, em virtude do desenvolvimento dos frigoríficos especializados no processamento de carne de porco. Grande expansão se verificou ainda na criação de aves.
A pesca desempenha importante papel na economia do estado. Santa Catarina é um dos maiores produtores de pescado e crustáceos do país. A atividade, que remonta à origem açoriana da população, desenvolve-se sobretudo em Florianópolis, Navegantes e Itajaí.











Turismo




Tem aumentado constantemente o fluxo turístico para o estado, procedente sobretudo de São Paulo e dos países do Prata. O principal foco de atração dos visitantes são as belas praias da ilha de Santa Catarina, bem como os balneários de Laguna, Camboriú, Porto Belo e Itajaí. Também é fator de atração a zona de colonização alemã, com centro em Blumenau, mas estendendo-se, nos arredores, a Pomerode e Timbó e incluindo, mais para o norte, Joinville. Os municípios da região estimulam a construção das tradicionais casas de enxaimel (caibros cruzados de maneira a sustentar o barro que dá forma às paredes).




Balneário Camboriú, cidade turística do estado.




















Ilha Arvoredo











O estado de Santa Catarina possui um território cheio de contrastes: as serras se contrapõem ao litoral de belas praias, baías, enseadas e dezenas de ilhas; na arquitetura, vários municípios mantêm as construções típicas da época da colonização; enquanto a capital, Florianópolis, é uma cidade de edificações modernas e sofisticadas, marcada pela forte presença dos jovens, dos esportes náuticos e dos campeonatos de surfe. Dentre as praias podemos destacar Bombinhas, que é considerada a capital do mergulho brasileira e Balneário Camboriú, uma das praias mais populares.
Hoje, conhecer o estado de Santa Catarina é uma oportunidade de conhecer uma peculiar combinação de nacionalidades, que se reflete não apenas na cultura, mas também no patrimônio histórico. Ademais, existem em, princípio estado outros grandes atrativos, como as altas temperaturas do verão, que atraem inúmeros visitantes para suas lindas praias, espalhadas por destinos como Balneário Camboriú, Bombinhas, Itapema, Garopaba, Joaquina e Praia Mole; e o rigoroso frio do inverno da Serra Catarinense com fortes geadas – às vezes acompanhado pela neve –, garantindo aconchegantes e românticos roteiros. Os mais visitados da serra são Lages e São Joaquim . Faça frio ou faça sol, existem incontáveis opções de passeios para o ano inteiro. No Vale do Itajaí – com destaque para Blumenau – estão concentrados destinos onde o forte é o turismo de negócios. Já no município de Timbó, o destaque fica por conta dos ótimos locais para a prática de esportes radicais como o rafting, canyoning e práticas verticais. No município de Fraiburgo, pertencente a Rota da Amizade, o destaque está para o cultivo da maçã, podendo ser visitado as diversas etapas desta cultura, como a florada da maçã, a colheita dos frutos, além de desfrutar da estrutura existente na Terra da Maçã para a recepcão dos turistas. Conhecido como um pedaço da Europa encravado no Sul do País, o estado de Santa Catarina tem um dos maiores índices de desenvolvimento econômico do Brasil, baseado numa produção industrial bastante diversificada. Uma grande atração turística é o Farol de Santa Marta, o maior das Américas e o terceiro maior do mundo.












Extrativismo








As riquezas vegetais e minerais concorrem decisivamente para o progresso produtivo do estado. Entre as primeiras destacam-se as reservas florestais, representadas especialmente pelos pinheirais, apesar de sua intensa exploração, e os ervais, que permitem ao estado manter-se como grande produtor da erva-mate. O estado de Santa Catarina é um dos maiores produtores de papel e celulose do país.
No extrativismo mineral, as ocorrências de carvão, principalmente nas áreas da baixada litorânea (Urussanga, Criciúma, Lauro Müller e Tubarão), representam fator importante para o desenvolvimento econômico regional. As condições de exploração do carvão mineral têm apresentado sensível melhoria, do ponto de vista técnico e dos equipamentos empregados. Santa Catarina possui ainda as maiores reservas brasileiras de fluorita e sílex (em produção). Outros recursos minerais disponíveis são os depósitos de quartzo e grandes ocorrências de argila cerâmica, bauxita e pedras semipreciosas, além de petróleo e gás natural na plataforma continental.

















Indústria




Os principais centros industriais de Santa Catarina são Joinville e Blumenau. O primeiro tem caráter diversificado, com fábricas de tecidos, de produtos alimentícios, fundições e indústria mecânica. Blumenau concentra sua atividade na indústria têxtil e na de softwares, além da recente eclosão de cervejarias artesanais. No interior do estado, ocorrem numerosos centros fabris de pequeno porte, ligados tanto à industrialização de madeira quanto ao beneficiamento de produtos agrícolas e pastoris.
O nordeste do estado (eixo Joinville-Jaraguá do Sul) se destaca na produção de motocompressores, autopeças, refrigeradores, motores e componentes elétricos, máquinas industriais, tubos e conexões. No sul do estado (incluindo as cidades de Imbituba, Tubarão, Criciúma, Cocal do Sul, Içara e Urussanga), por sua vez, concentram-se as principais fábricas de cerâmica de revestimento do Brasil. O estado de Santa Catarina também lidera, no país, a produção de louças e cristais.
Ao norte do estado, destaca-se a cidade de São Bento do Sul, que é o maior polo exportador de móveis do Brasil, sendo reconhecida como a capital nacional dos móveis.
As matrizes dos principais frigoríficos do país se encontram no meio-oeste e oeste do estado.






Energia





O potencial hidrelétrico de Santa Catarina não é totalmente aproveitado e grande parte da energia consumida no estado é fornecida por usinas hidrelétricas, contudo a participação de usinas termelétricas ainda é bastante representativa na matriz energética do Estado. A utilização do carvão-vapor na alimentação dessas usinas contribui não só para a expansão da produção termelétrica como assegura mercado em crescimento para a ampliação do consumo da produção estadual de carvão. Em Santa Catarina, no município de Capivari de Baixo, encontra-se o maior complexo termelétrico a carvão da América Latina. O Complexo Termelétrico Jorge Lacerda com 857 MW pertencia à estatal Eletrosul Centrais Elétricas até 1997, quando foi privatizado no governo do presidente FHC.

Aeroportos



Há 32 aeroportos públicos e privados no estado. Os mais importantes são os de Florianópolis (internacional), Joinville e Navegantes (internacional).
Portos





Quatro portos especializados — São Francisco do Sul, Itajaí, Imbituba e Laguna — formam o sistema portuário catarinense. O primeiro, essencialmente exportador, é o maior porto graneleiro do estado. O de Itajaí, maior do Estado, destina-se fundamentalmente à exportação de açúcar e congelados e ao transporte de combustíveis, enquanto Imbituba é um terminal carbonífero e Laguna, porto pesqueiro.







Rodovias





A malha rodoviária catarinense integra as diferentes regiões do estado. A principal rodovia é a BR-101, que atravessa o litoral e escoa grande parte da produção. Outra rodovia importante é a BR-470, que liga o meio-oeste ao litoral. A BR-470 se conecta à BR-282 e à BR-283 e por ela circula a produção agroindustrial que é exportada pelo porto de Itajaí.
Pela BR-280, que liga a cidade de Porto União, no Planalto Norte, com o porto de São Francisco do Sul, é transportada a produção da indústria de móveis de São Bento do Sul e a erva-mate produzida em Canoinhas. Outras rodovias importantes são a BR-153 e a BR-116, que atravessa as cidades de Lages, Papanduva e Mafra, cortando o estado até a fronteira com o Rio Grande do Sul.


Ferrovias




As estradas de ferro de Santa Catarina, administradas pela Rede Ferroviária Federal (11ª Divisão -- Paraná-Santa Catarina e 12ª Divisão -- Estrada de Ferro Teresa Cristina) têm dois troncos principais, que cortam o estado no sentido norte-sul: um passa por Mafra e Lages e o outro, por Porto União, Caçador e Joaçaba. No norte do estado, uma linha em sentido leste-oeste liga as cidades ao litoral, servindo Porto União, Canoinhas, Mafra, São Bento do Sul, Joinville e São Francisco do Sul. Outras linhas férreas catarinenses servem o vale do Itajaí e a região de mineração de carvão, ligando-a com os portos de Laguna e Imbituba.
Regiões

Litoral





Os 500 quilômetros de litoral são um paraíso para quem busca belas praias e o contato com a natureza. Esta região, colonizada por açorianos no século XVIII, tem um relevo recortado, com baías, enseadas, manguezais, lagunas e mais de quinhentas praias. É, ainda, uma das mais importantes áreas de biodiversidade marinha do Brasil. As principais cidades são Florianópolis, São José, Palhoça, Laguna, Itajaí, Navegantes, Balneário Camboriú, Itapema, Bombinhas e Porto Belo. A pesca e o turismo são atividades econômicas marcantes.
Florianópolis, capital e centro administrativo do estado, tem o seu território situado parte em uma ilha oceânica com 523 quilômetros quadrados, a Ilha de Santa Catarina, e parte no continente. É a capital brasileira que oferece melhor qualidade de vida e o terceiro município brasileiro mais visitado por turistas estrangeiros, atrás apenas de Rio de Janeiro e São Paulo. A porção continental do município é ligada à parte insular por três pontes. Seus mais de 400 mil habitantes convivem com o ritmo ágil de um centro urbano cosmopolita e com a tranqüilidade dos vilarejos construídos pelos colonizadores açorianos. As 100 praias da cidade são em sua maioria limpas e próprias para banho.
Vale do Itajaí
Um "pedacinho da Alemanha" encravado em Santa Catarina. Assim é o Vale do Itajaí, situado entre a Capital e o Nordeste do estado. A herança dos pioneiros germânicos deixou marcas na arquitetura em estilo enxaimel, na culinária e nas festas típicas, nos jardins bem cuidados e na força da indústria têxtil. Sua paisagem de morros, matas, rios e cachoeiras é um forte atrativo para os ecoturistas. Os principais municípios são Blumenau, Gaspar, Pomerode, Indaial, Brusque,Guabiruba e Rio do Sul.
Nordeste
Com forte tradição germânica, o Nordeste do estado concília uma economia dinâmica com o respeito à natureza exuberante. Indústrias do ramo eletro-metal-mecânico dividem espaço com as densas florestas da Serra do Mar e as águas da Baía de Babitonga na cidade de São Francisco do Sul. A região tem alto poder aquisitivo e excelente qualidade de vida. Suas principais cidades são Joinville, Jaraguá do Sul, São Bento do Sul e São Francisco do Sul.


Planalto Norte


Nesta região, rica em florestas nativas e provenientes de reflorestamento, concentra-se o pólo florestal catarinense - o mais expressivo da América Latina, abrangendo indústrias madeireiras, moveleiras, de papel e papelão. Os principais municípios são São Bento do Sul, Rio Negrinho, Canoinhas, Corupá, Mafra, Três Barras e Porto União.
Planalto Serrano/Serra Catarinense



Neve em São Joaquim.



O frio e o turismo rural são os grandes atrativos desta região, que tem como atividades econômicas a pecuária e a indústria florestal. Por conta das paisagens bucólicas e da neve que se precipita em algumas cidades, todos os anos o Planalto recebe milhares de visitantes no inverno. A estrada da Serra do Rio do Rastro, que desce em curvas sinuosas de uma altitude de 1.467 metros até o nível do mar, é uma atração à parte. Os principais municípios são Lages, Curitibanos, São Joaquim, Urubici e Bom Jardim da Serra.
Sul
A presença dos descendentes de imigrantes italianos é uma característica marcante da região. Quem a visita pode conhecer de perto as vinícolas e apreciar a cultura italiana em festas típicas. Além da colonização alemã existente em menor escala. Extrativismo mineral, indústria cerâmica (Eliane, Portinari) e de derivados do plástico(Grupo Incoplast/Copobras, Copaza, Canguru, etc) são as principais atividades econômicas. O sul do estado tem estações hidrotermais(Gravatal e Santa Rosa de Lima) e cânions (Lauro Müller e Urubici) ricos em biodiversidade. Suas principais cidades são Criciúma, Içara, Tubarão, Laguna, Araranguá e Urussanga e Cocal do Sul.




Meio-Oeste






Nesta região de morros ondulados localizada no centro do estado situam-se comunidades de pequeno e médio porte, colonizadas por imigrantes italianos, alemães, austríacos e japoneses. Sua atividade econômica está baseada na agroindústria, criação de bovinos e produção de maçã. Também há indústrias expressivas do pólo metalmecânico e madeireiro. As principais cidades são Joaçaba, Caçador, Videira, Fraiburgo e Campos Novos, com destaque para Treze Tílias e Piratuba, cidades com grande atividade turística em função de fontes hidrominerais termais.
Oeste/Extremo-Oeste
Os campos do Oeste são o "celeiro" de Santa Catarina, de onde sai boa parte da produção brasileira de grãos, aves e suínos. Frigoríficos de grande e médio porte estão associados aos produtores rurais em um modelo bem-sucedido de integração: as empresas fornecem insumos e tecnologia e compram a produção de animais. A região também começa a explorar o potencial turístico de suas fontes hidrotermais.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Santa_Catarina#Hist.C3.B3ria